segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Karatê Kid

Na edição de despedida de 2007, a versão espanhola da revista Rolling Stone fez uma série “Por Onde Anda” com diversos personagens da década de 80. Um deles era Daniel San, quero dizer, Ralph Maccio, o Daniel San de “Karatê Kid”.

Pois bem, resposta encontrada. O Omelete publicou uma nota contando que o nosso Karatê Kid (aquele que seguia as orientações do seu Miyagi) faz uma breve aparição no episódio de Ugly Betty lá nos Estados Unidos.

Ele dá um pulinho no salão de cabeleireiro para aparar as mechas e fica batendo um papo meio “pastime” com a cabeleireira. Clique aqui para ver o vídeo

James Whale, o Frankenstein

Amanhã, terça-feira (28/10), o Telecine Cult vai passar “Deuses e Monstros”, filme que conta parte da trajetória de James Whale, o diretor de “Frankenstein”. O longa é um ótimo exemplo do que um ator mediano é capaz quando está ao lado de um gênio.

Brendan Freaser interpreta o jardineiro que cuida do jardim de Whale. Clayton Boone, personagem de Brendan, tem um quê de Ennis del Mar de “O Segredo de Brokeback Mountain”, naquela coisa de “não sou gay, mas transo com homens”. Na verdade, Ennis tem um pouco de Clayton, já que “Deuses e Monstros” é de 1998 e “O Segredo de Brokeback Mountain” é de 2005.

Clayton passa a desenvolver uma relação estranha com Whale, assumidamente homossexual. Estranha porque não sabemos se é gay ou não; se sente admiração pela pompa aristocrata de seu patrão; se sente pena daquele senhor doente que só é passado. Várias camadas de relação.

O Brendan, mediano pra medíocre, tem uma atuação satisfatória. Isso porque ele está ao lado de Ian McKellen, ator duas vezes indicado Oscar de coadjuvante (“Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel” e “Deuses e Monstros”). McKellen coordena todas as ações do personagem de Brendan, já que este não existiria se não fosse em função daquele.

O olhar fugidio de McKellen, muitas vezes disfarçado de boas lembranças, joga o espectador num mar de dúvidas: ele foi feliz mesmo? Sua vida eara o prenúncio da imagem pela imagem?

Uma seqüência é realmente chocante: o diretor Bill Condon refilma um trecho do original “A Noiva de Frankenstein”. É de se emocionar.

Em tempo: a versão dublada de “Deuses e Monstros” é bem (!) engraçada. Ian McKellen foi dublado por Luiz Carlos de Moraes, famoso dublador brasileiro e ator de telenovelas. Ele já trabalhou em “Chaves”, “Dragon Ball Z”, “Street Fight”...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Overdose de Poderoso Chefão

É um clássico. Neste segundo semestre, haverá uma overdose de “O Poderoso Chefão”, o primeiro da série de Coppola. A cópia restaurada do filme foi exibida na semana passada durante o Festival do Rio.

Na próxima semana, o filme também vai ganhar exibição na Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo. E pra completar, nesta terça-feira, 14, o Telecine Cult vai passar os filmes. Entre o fim da tarde e o início da noite, 18h50.

Todos os filmes da série estão disponíveis em DVD. Porém, assistir à produção de Coppola em 35mm, com som decente e em tela grande é uma experiência. Não se trata apenas de “assistir a um filme”, mas de uma experienciação, plagiando Glauber Rocha.


Em tempo: além de a TV ter hoje "O Poderoso Chefão", "Borat" também ganhou uma sessão, às 15h15 no Telecine Light.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

A Mostra se aproxima

Fim de festival do Rio com “Se Nada Mais Der Certo”, de José Belmonte, saindo com o Redentor de melhor filme. Intervalo de uma semana e aí vem a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa nesta sexta-feira (17/10). Mais de 400 filmes serão exibidos.

No sábado, foram apresentados à imprensa a relação dos filmes, sessões especiais e convidados. Em seguida, dois curtas foram exibidos ao lado do longa “Horas de Verão”. Olivier Assays começa em um ponto, passa por outro e termina num terceiro, que se relaciona num primeiro.

A família é Berthier, cujo um dos membros, Paul Berthier, foi um pintor famoso. A matriarca é Hélène. Seus filhos vão comemorar o aniversário com a mãe na casa forrada de obras de Berthier. O passado e o presente são confrontados – este, parece ser apropriado por pessoas que renegam o acúmulo do que já passou.

Usando a família como metáfora, Assays crítica uma geração que não olha para trás e não presta – nem se interessa – na construção da França. Em um terceiro momento, o diretor encaminha o filme para os adolescentes e sua relação com o país, sempre usando o convívio familiar como pretexto para abordar o tema. É nesse ponto que o filme balança um pouco na linha trazida deste o início: a relação de uma geração com o passado (peça de museu?) e o presente (moderno?).

Em tempo: “Horas de Verão” (“L’Heure d’été”) integra a seleção de filmes da programação Expectativa da Mostra.