Projeção em praça de Nem Sansão Nem Dalila, de Carlos Manga |
Que as chanchadas exibidas aqui em Ouro Preto teriam boa acolhida já era esperado. Porém, mesmo realizadas há mais de meio século, quando a televisão no Brasil era ainda uma brincadeira para ricos, chanchadas como Nem Sansão Nem Dalila e Rico Ri à Toa levaram o público ao delírio.
O primeiro, feito por Carlos Manga em 1954, foi exibido no sábado (18/6) na Praça Tiradentes. O segundo, filme de estreia de Roberto Farias em 1957, teve projeção ontem dentro do Cine Vila Rica. Apesar da coincidência do gênero chanchadeiro, são dois filmes diferentes: Manga fez um irônico comentário ao poder (com antológica imitação que Oscarito faz de Getúlio Vargas), enquanto Farias brinca com as diferenças de classes da sociedade carioca.
O denominador comum, porém, é a reação do público, que continuou se divertindo com as piadas de duplo sentido, as peripécias corporais de Oscarito ou os trejeitos da fala de Zé Trindade. As exibições em Ouro Preto demonstram que o humor da chanchada, mesmo com o ar inocente de alguns filmes, continua fazendo rir.
Talvez a chanchada não seja um gênero tão distante assim como imaginamos. Muito do humor televisivo foi construído com esse tipo de filme. Este, por sua vez, tem a inspiração nos sucessos do rádio e na estrutura do Teatro de Revista. Assistir aos dois longas aqui na CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto é traçar uma ponte passado-presente.
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