Coloquei lá no Cineclick a crítica de "High School Musical: O Desafio", a versão brasileira da franquia da Disney. Deixando de lado que é claramente um produto, antes de ser cinema (tanto que a direção de arte das versões brasileiras, mexicanas e argentinas são muito parecidas), acho que há uma tremenda sensação de descolamento com o que vemos.
Os Estados Unidos dominam a cultura e o pessoal da minha geração cresceu com um monte de símbolos norte-americanos na cabeça. O pop como a música que massacra nas rádios, os filmes dublados da TV, os blockbusters que dominam 450, 550 salas de cinema no Brasil etc.
Nesse imaginário, um filme como "High School Musical" é algo "natural". Por tudo isso, como premissa, é estranho ver o mundo colorido da Disney, que associamos especialmente aos contos de fadas, adaptados ao português, ao "samba" e ao Brasil, como ocorre em O" Desafio".
Confesso que, desde o início, já me sinto descolado. Como se fosse uma imagem e atmosfera que vejo há anos, mas com um som e língua que não pertencem a elas.
Hey, isso não significa que High School Musical é Cinema e nem que a versão brasileira não deveria ter sido feita. Se fizer bilheteria, melhor, porque é um pequeno passo a mais para movimentar a proto-indústria brasileira - supondo que isso ajude abrir espaço para filmes que não se colocam como produto.
Minha questão é: como ver um produto que automaticamente associo a outro momento? Será que trocar só basquete por futebol já muda a chave de leitura?
Ah, e por curiosidade, quem quiser ver os xingamentos dos leitores do Cineclick, leia a crítica. Já fui chamado de ridículo, que não deveria cobrar tanto de atores iniciantes, idiota, imbecil. Adoro.
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2 comentários:
Voce me parece um grande imbecil. Um imbecil fresco. Com acesso a internet.
Sempre bom receber elogios!
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