O Festival de Paulínia deste ano teve dois filmes/eventos marcantes: “5x Favela – Agora Por Nós Mesmos”, longa coletivo que retoma a experiência do Cinema Novo de 1961, e “Bróder”, a estreia do ótimo curta-metragista Jeferson De na direção de um longa-metragem.
Pelo júri, deu o carioca. Pela crítica, deu o paulista. Que bom que a escolha foi dividida e ambos os filmes ganharam os merecidos destaques. Aliás, corajosa a decisão do júri de premiar “5x Favela – Agora Por Nós Mesmos”, filme que, pelo seu próprio formato (cinco curtas metragens agrupados), é irregular – e, no conjunto, inferior a “Bróder”. Mas, mesmo assim, tem ótimos momentos e soluções muito criativas.
Agora que “5x Favela” ganhou sete prêmios em Paulínia, o que acontecerá com seus diretores? O filme estreia em circuito em 27 de agosto – com promessa da produtora Renata de Almeida de colocar o longa nos cinemas da zona sul carioca!
O cinema brasileiro, assim como o chileno e o uruguaio, vive de ciclos. Desde 1994 estamos baseados na dinâmica de produção do incentivo fiscal – com a ressalva do momento pós-Ancine. Ou seja, estamos na marca de 70, 80 filmes produzidos por ano há cerca de quatro anos. Mas, a distribuição e exibição para longas nacionais ainda é ridícula e profundamente injusta.
Então, a pergunta é: o que acontecerá com Manaíra Carneiro e Wagner Novais (episódio “Fonte de Renda), Rodrigo Felha e Cacau Amaral (episódio “Arroz com Feijão”), Luciano Vidigal (episódio “Concerto Para Violino”), Cadu Barcelos (episódio “Deixa Voar”) e Luciana Bezerra (episódio “Acende a Luz”)?
Quando o cinema não consegue receber atores revelações, eles vão para a televisão. O que acontecerá com os diretores? O cinema brasileiro precisa encontrar espaço para que eles façam o segundo, o terceiro...o décimo longa-metragem.
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Um comentário:
Parece bom, eu gosto de ler o seu blog, apenas adicionei aos meus favoritos;)
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