Conversando com meu amigo João Nunes, crítico do “Correio Popular”, reclamava como me repetia em alguns textos. Escrevendo hoje sobre o norueguês “Um Homem Chato”, que está na Mostra integrando a retrospectiva do cinema do país que põe traços no “o”, me peguei sendo repetitivo novamente.
Na minha leitura, “Um Homem Chato” usa os mesmos mecanismos cômicos do sueco “Vocês, Os Vivos”. Logo após a sessão, uma senhora disse à sua amiga: “É... um humor bem nórdico, né?”. Pois bem, ela tem razão.
Hoje percebi como esse tal “humor nórdico” me encanta! Tanto que todas as vezes que assisto a algum filme que tenha essa pegada (e geralmente eles falam do estado das coisas ou da condição humana), penso sempre em “Vocês, os Vivos” como medida de comparação.
No Festival de Curtas, em agosto, foi a mesma coisa. Numa sessão tinha a sequência “Eu Sou Helmut”, “Incidente no Banco” e “Esquerda Direita”. Advinha qual longa os três curtas me lembraram? Nem preciso falar!!!
Nenhum dos filmes com o tal “humor nórdico” (seja lá o que isso signifique) conseguiu superar a relação emocionante que tenho com “Vocês, os Vivos” – talvez porque o filme de Roy Anderson não é só engraçado, mas muito inventivo cinematograficamente, ousado na forma.
Mas, vira e mexe volto a “Vocês, os Vivos”. Que filmão!
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