Em setembro, fez quarenta anos que “Teorema” foi lançado na Itália. Ontem à noite eu revi a primeira parte do filme, no qual o Visitante (Terence Stamp) transa com todos os integrantes de uma família burguesa e os deixa em frangalhos.
Cresci ouvindo meu pai, o senhor “Casablanca”, falar sobre esse filme. Vi quando era criança. Só havia entendido mesmo a mensagem mais direta do filme: o bonitão que leva uma família inteira pra cama – até o patriarca.
Ao rever, entre em contato direto com outra camada do filme, quiçá a mais relevante: a burguesia e o cristianismo. Pasolini faz um tratado irônico e crítico à burguesia, utilizando o sexo do Visitante para tal.
Em uma versão muitos mais elaborada, é o mesmo que o Cazuza (“sou burguês, mas eu sou artista”) ao berrar “a burguesia fede/a burguesia quer ficar rica”.
Vou continuar assistindo a segunda parte de “Teorema”. É muito interessante voltar a tomar contato com Pasolini, agora com olhos menos inocentes.
Em tempo: abaixo, a seqüência inicial do filme.
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