sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A simplicidade dos filmes de Kiarostami

O que mais encanta em Cópia Fiel, o filme novo do Kiarostami que iria estrear aqui em 14 de janeiro, mas teve o lançamento adiado pela Imovision, é sua falsa simplicidade.

Aparentemente, trata-se apenas de uma historinha de amor entre dois adultos que se encontram nas deslumbrantes paisagens da Toscana, Itália. Que ilusão! Enquanto finge falar apenas desse encontro entre Juliette Binoche e William Schimell, Cópia Fiel vai se construindo em camadas que discutem o original/cópia, real/representação, anseios/frustrações. Discute-se questões humanas e das artes, especialmente do cinema.

Mas essa falsa aparência de simplicidade acompanha a obra de Kiarostami há tempos. Um exemplo é o curta-metragem Duas Soluções Para um Problema, filme de 1975, sexto curta do iraniano.

Dois amigos na sala de aula são nos apresentados de maneira didática. Um é Nader, outro é Dara. Dara pegou o livro emprestado de Nader, mas o devolveu amassado. A partir desse evento são quatro minutos de parábola que ilustram, por exemplo, como pequenos e localizados conflitos tornam-se guerras.

Aparentemente simples, didático até, artesanal. Não passam de aparências. Abaixo, a íntegra de Duas Soluções Para um Problema que, assim como muitos outros curtas de Kiarostami, está no YouTube.


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Faye Dunaway, 70

14 de janeiro marcará o 70º aniversário de Faye Dunaway, atriz que personificou beleza, poder e personagens que marcaram tanto pela coragem, charme e falta de escrúpulos. Em sua homenagem, o canal TCM exibe três filmes com a atriz a partir das 22h. O primeiro deles é Rede de Intrigas.

É verdade que no filme Faye está espetacular. Afinal, trata-se de uma produção dirigida por Sidney Lumet, conhecido por arrancar grandes performances de seus elencos. A interpretação da atriz é de alto nível, como o é de William Holden, Robert Duval, Beatrice Straight e Peter Finch (os dois últimos premiados com o Oscar, assim como Faye).

Em Rede de Intrigas, Faye é diretora de programação do canal televisivo UBS sedenta para aumentar a audiência a qualquer preço. Como erva daninha convence Hackett (Duval), Howard (Finch) e derruba Max (Holden). É apaixonante sua entrada em cena, desestruturando o que está ao seu redor, fazendo com que todos sigam – ou se submetam – a ela.

Como Lumet trabalha com jogos de poder em seus filmes, dois grupos ideológicos que representam a transformação do jornalismo na televisão nos anos 70. No meio, o decadente apresentador Howard Beale. De um lado, o humano Max, do outro, a máquina Diana (Faye).

Como a super mulher feita de plástico que enxerga a vida como um episódio mal escrito de série televisiva, Faye Dunaway é precisa. Uma atriz do calibre de suas companheiras de geração como Mia Farrow, Ellen Burstyn, Julie Christie (britânica que fez muitos filmes nos EUA), Susan Sarandon, Sissy Spacek e Meryl Streep.

Na maratona do TCM, serão exibidos Rede de Intrigas (22h), Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas (0h) e O Campeão (2h15). Falta sentida: Chinatown!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Ainda sobre O Bebê de Rosemary

Isso sim é trailer!



Um dos melhores da história. Talvez só perca para O Iluminado, de Stanley Kubrick.

Ruth Gordon em O Bebê de Rosemary


“Um adolescente se apaixonando por uma senhora de 80 anos? Só uma atriz poderia fazer esse filme. Ela é Ruth Gordon”.

Dick Sylbert, desenhista de produção e diretor de arte, define assim Ruth Gordon, que ganhou o único Oscar de sua carreira em 1969 pelo papel coadjuvante em O Bebê de Rosemary, primeiro filme de Roman Polanski em Hollywood.

Ela vive uma intrometida vizinha que literalmente fala mais do que a boca. Ruth é tão marcante em cena que, mesmo não sendo o foco das atenções da câmera, não deixa de rivalizar em brilho com os outros atores. Ainda mais quando contracena com Mia Farrow, boa atriz, mas cuja personagem é introvertida. Quando o furacão Ruth entra em quadro na pele da vizinha Minnie Castevet não tem ninguém páreo a ela.

Irônica, ao ganhar a estatueta de Atriz Coadjuvante em 1969 aos 72 anos, Ruth Gordon fez o seguinte discurso: “Não dá para traduzir em palavras o quão encorajador é este prêmio para uma jovem atriz como eu... e gostaria de agradecer a todos que votaram em mim, e aos que não votaram: por favor, desculpe-me por ganhar”.

Em tempo: o tal filme que um adolescente se apaixona pela personagem de Ruth é Ensina-me a Viver, de Hal Ashby. No Chip Hazard, meu amigo Sérgio Alpendre fez dois breves comentários, um sobre o injustiçado Ashby e outro a respeito de Ensina-me a Viver (Harold and Maude no original).

sábado, 25 de dezembro de 2010

Dois atores não fazem um filme

A Hollywood dos estúdios construiu um star system de dar inveja. Até os anos 50, fixou-se no imaginário do público um grupo de atores inatingíveis, inalcançáveis. Solidificou-se o ato de ver ou não um filme por causa de certo ator ou atriz.

Cary Grant, Bette Davis, Spancer Tracy, Marlene Dietrich, Kirk Douglas, Vivian Leigh, Burt Lancaster, Greta Garbo, Gregory Peck, Katherine Hepburn, Rock Hudson, Clark Gable, Joan Crawford e muitos outros nomes vão ficar no imaginário de muitos espectadores para sempre.

Os produtores traziam uma ou duas estrelas para o filme e, pronto, o projeto saía do papel. Só tem um porém: é muito difícil fazer um filme apenas com dois atores. Um ótimo exemplo é A Embriaguez do Sucesso (Sweet Smell of Success no original), de Alexander Mackendrick, que teve uma exibição especial dia 20 no canal TCM – cópia, aliás, muito melhor do que a lançada em DVD, colorida posteriormente e com um som horrível.

Um filme de narrativa clássica cheio de altos e baixos. Um diretor habilidoso e apaixonado por travellings, dois atores fortes – Burt Lancaster e Tonny Curtis –, boa história etc. Elementos para tudo dar certo, né? Nem sempre. J.J. Hunsecker é um colunista social baseado na Broadway capaz de assustar até o presidente da república. Sidney Falco um assessor de imprensa desesperado por cavar notícias desde que não cumpriu uma promessa de favor a J.J. Aos poucos, entramos num mundo onde ter escrúpulos é moeda rara e, claro, possível ser adquirida com alguma barganha.



Há uma subtrama que envolve a irmã caçula de J.J., Susan (Susan Harrison), e seu namoradinho, o promissor músico Steve Dallas (Martin Milner). Aqui mora o problema: Milner e Susan são tão ruins, mas tão ruins, que, sem exageros, dá muita vergonha de vê-los naquelas situações. A expressão de Milner é tão significativa quanto a de uma tartaruga sonolenta. Enquanto seu colega baterista se esmera no instrumento, Steve toca guitarra como quem precisa matar o tempo.

Por outro lado Susan, seu par romântico, não fica atrás. Ela engata a marcha da “mulher sofredora que está a mercê dos homens” e vai nessa toada até o fim. Há um abismo entre esses dois com a dupla de protagonistas, Lancaster (perfeito e altivo) e Curtis (carismático e eficiente). O relacionamento do casal corre sérios riscos devido à manipulação de J.J., mas os atores não dão dimensão disso.

Com Milner e Susan, o trabalho de direção de Mackendrick parece inútil. De que adiantam travellings, decupagem, plongée e contra-plongée se parte fundamental de seu elenco é risonha? Nem a montagem plano/contraplano (câmera nele, câmera nela e assim por diante) alivia o incômodo.

A Embriaguez do Sucesso é um bom filme, que chega a seu objetivo (julgamento moral da desonestidade), mas seria assaz aprazível se Martin Milner e Susan Harrison tivessem um pouco mais de requebrado na interpretação.

Nem só com duas estrelas se faz um filme.

Os franceses e o sexo

Quarenta e quatro anos separam dois filmes que, apesar da distância temporal, aproximam-se pela temática que tanto encanta o cinema francês: aventuras sexuais de um casal ou de uma família. Um deles é é Amor Livre (L'eau À La Bouch, de 1960, no original), que integra o catálogo da Imovision com filmes menos conhecidos da Nouvelle Vague e chega às lojas em janeiro.

Jacques Doniol-Valcroze não é aquele nome que vem automaticamente à cabeça quando se fala de Nouvelle Vague. Enquanto Godard-Truffaut-Chabrol eram os que mais apareciam e traziam uma leva com Jacques Demy, Agnès Varda e Louis Malle, existiam aqueles por trás das cortinas, mais importantes como influências e apoiadores da Nouvelle do que propriamente realizadores proeminentes.

Porém, Amor Livre é um filme digno de destaque, uma chance para ampliar o leque do cinéfilo brasileiro em relação ao que se fazia na França na virada dos anos 50 para os 60.

Mas voltando ao que interessa neste texto, Valcroze fez um filme cuja premissa é muito parecida com muitos outras produções francesas: famílias/casais aparentemente banais e monótonos que, ou quando olhado de perto por uma câmera atenta ou na chegada de um elemento externo, deixam seus desejos aflorarem e, não raramente, costumam se machucar.

Em Amor Livre, a avó de uma família saudável financeiramente morre e deixa a herança, a ser dividida entre três netos: Miléna (Bernadette Lafont), que morava com ela, e os outros dois distantes, Jean-Paul (Paul Gers) e Fifine (Alexandra Stewart). Com a chegada deles, a casa – do ponto de vista sexual – começa a se desestruturar.

Pela construção de Doniol-Valcroze, aquela casa tinha uma lógica própria, a qual o espectador desconhecia antes do filme, mas tinha uma vaga ideia, já que se trata de uma família como qualquer outra. Quando a câmera segue uma simpática criança em direção à mansão, somos levados àquele universo onde os desejos deixam de ser internos para serem concretizados. Assim como entramos, saíamos repentinamente, novamente conduzidos pela mesma menina, após compartilharmos os desejos dos três netos, dum amigo próximo da família, do sócio de Jean-Paul e de dois criados da casa.

Pintar ou Fazer Amor

Uma vez mais no cinema francês, um elemento externo se aproxima de um casal ou uma família e desperta um vulcão adormecido pelo tempo e pela rotina da convivência. Assim é em Pintar ou Fazer Amor, espécie de neto cinematográfico de Amor Livre - curiosamente, os dois títulos são da Imovision.

No filme de Arnaud e Jean-Marrie Larrieu, temos um casal, William (Daniel Auteuil) e Madeleine (Sabine Azéma), juntos há muito. Eis que num cenário bucólico surgem o prefeito do local, Adam (Sérgi Lopez, com charme à flor da pele interpretando um cego), e sua mulher, Eva (Amira Casar). O resto... bem, está no filme.

A questão é que, mesmo com a diferença de tempo (e estilo cinematográfico) entre um filme e outro não os tiram de uma tradição do cinema francês em observar famílias que transparecem calmaria, mas basta uma faísca para ascender o que estava adormecido – geralmente, o sexo.

Ponto de partida que costuma dar bons filmes.

Em tempo: abaixo, imagens de Serge Gainsbourg trabalhando na canção-tema do filme.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Retábulo, do Piollin, dá aula de mise en-scène

Falar de teatro neste blog? Geralmente, não, mas a peça Retábulo, que está em cartaz neste fim de semana aqui em Natal, merece, sim, que o Urso de Lata largue o cinema e vá para o tablado, ao menos por um post.

A direção é de Luiz Carlos Vasconcelos, palhaço de formação e ator que vai e volta ao cinema. O texto é baseado num livro de Osman Lins, Retábulo de Santa Joana Carolina. A interpretação – além da construção criativa – é do Piollin, trupe paraibana tradicional que tem alguns nomes com passagens marcantes pelo cinema (por exemplo, Everaldo Pontes, de SuperBarroco, e Nanego Lira, de O Grão).

O enredo nos traz a trajetória de uma mulher comum, do povo, Joana. Seguimos três gerações em sua família, com os mesmos atores e atrizes interpretando diversas personagens, com suaves transições de um para outro. Em última instância, extensões de um só personagem.

Fábula interessante, mas infinitamente inferior à arquitetura do texto e à mise-en-scène, características que justificam este comentário sobre Retábulo. Joana pouco fala, sua história é contada por quem está ao seu redor, recurso que me fez lembrar muito o esforço de polifonia do filme O Sol do Meio Dia. Na peça, não há um responsável único pelo discurso: todos que narram são determinantes para o andamento da vida de Joana, nossa heroína.

Fala-se muito, aliás. Mas movimenta-se muito também. Apesar de o espaço físico ser limitado ao tablado, o movimento em cena dos atores é continuo. Cada curva, rabeira, pedaço de madeira em forma de mala de viagem ou bambus espalhados pelos cantos são elementos cênicos. Seria muito difícil transformar Retábulo em filme: como estabelecer uma relação ator-câmera quando a interpretação é contínua e o corpo transborda a ausência de cenário? Jogo duro!

Tomando como exemplo os excertos do texto de Osman Lins presentes em Retábulo, parece ser uma experiência rígida a de ler Retábulo de Santa Joana Carolina – há um pouco da marcação musico-poética de João Cabral de Melo Neto. Mas, assistir a encenação é, digamos, oxigenar as vistas do que se pode fazer em termos de mise-en-scène, mesmo que, nesse caso, seja teatro, não cinema.

Em tempo 1: quem ficou curioso – e, por acaso, também está em Natal –, Retábulo fica em cartaz até este domingo (12/12), às 19 e 21h, no Barracão dos Clowns (Av. Amintas Barros, 4673, Nova Descoberta). R$10 (inteira) e R$5 (meia).

Em tempo 2: o começo do Piollin Grupo de Teatro data de 1976, com a montagem de Aborto, dirigida por... Luiz Carlos Vasconcelos. A cronologia da trupe pode ser conhecida aqui.

Em tempo 3: você sabe o que significa “retábulo”? Nosso amigo que tudo sabe sobre língua portuguesa vem ao nosso socorro, como não! “sm (cast retablo) 1 Trabalho de arquitetura, de pedra ou madeira, com lavores na parte posterior do altar, e em que se representa qualquer motivo religioso. 2 Painel ou quadro que decora um altar. 3 Painel.”

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A Crítica está morta?

Estou de férias em Natal e, a convite da querida amiga Michelle Ferret, que dá aula de roteiro na Universidade Potiguar, fui bater um papo com seus alunos. É a primeira turma de cinema da faculdade, com um publico bem diverso. Tinha gente que arrisca a escrever, ou com cinefilia aguçada, ou sem papas na língua – ou com a única vontade de polemizar.

Enfim, umas quinze pessoas, número que considero ótimo. Quem escreve criticamente sobre o cinema tem a sensação de que a função da crítica foi jogada para escanteio desde o domínio maciço da tecnologia. Não só a de cinema, mas a produção de qualquer pensamento crítico sai em desvantagem para comentários rápidos que, mesmo indiretamente, estão mais aliados com a propaganda, não com a reflexão.

Mesmo que o espaço e a valoração da crítica tenha diminuído, enquanto a força do marketing e a venda da ideia do cinema como um “combo” de fast food, não deixou de existir. A conversa de ontem – posso ter me enchido de otimismo para afirmar isso – é uma das provas. Assim como uma pesquisa do Sindicato dos Distribuidores, que apontou um índice alto de espectadores que leem críticas antes de assistirem a um filme – não me lembro o número exato, mas chega perto de 40%.

Não dá para comparar o cenário para exercer a crítica hoje com o que encontraram Antonio Moniz Viana, Paulo Emílio Sales Gomes e companhia. Outros tempos, os de hoje indicam um refluxo, em diversas áreas. Mesmo assim, a crítica que não aceita ser apenas guia de consumo ainda tem espaço para existir.

João Carlos Sampaio analisa bilheteria de "Tropa 2"

Meu amigo João Carlos Sampaio, que além de ser um torcedor tristonho a lamentar o rebaixamento do Vitória e, pior, a subida do Bahia para a primeira divisão, escreveu para o diário "A Tarde" uma análise dos porquês de "Tropa de Elite 2" ter ultrapassado "Dona Flor e Seus Dois Maridos" nas bilheterias da história do cinema brasileiro -- levando em conta que não existem estatísticas consolidads de um de nossos períodos férteis, os anos 50.

Aos que não são soteropolitanos e não têm acesso ao jornal impresso, abaixo vai a análise de João. Quem considerar a imagem abaixo pequena, é só abir em nova aba ou salvar no PC:

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nas palavras de Antonio Moniz Vianna

Antonio Moniz Vianna foi um crítico de cinema que influenciou uma penca de outros críticos. Provavelmente a minha geração, formada pelo pessoal que nasceu nos anos 80 e está dando os primeiros passos, é influenciada por quem orbitou, ou se distanciou, dos textos de Moniz Vianna. Porém, difícil era ficar indiferente, já que nos autos cinematográficos, a opinião reinante é a de que “ninguém escreve sobre cinema como ele”.

O baiano que passou quase a vida toda no Rio publicou a primeira crítica em 1946. Quando John Ford morreu, em 1973, decretou que, para ele, o cinema tinha acabado. Por causa de um artigo de André Setaro, conterrâneo de Moniz Vianna, no ótimo livro “Escritos Sobre Cinema – Volume 3” (este merece um comentário posterior à parte), cheguei mais perto das ideias do carioca soteropolitano.

Eis que esbarro numa longa entrevista publicada, em 2006, no site “Críticos.com.br”. Fato notório era que Moniz Vianna não gostava de dar entrevistas, mas Evaldo Mocarzel, com a ajuda da filha e do neto do crítico, furou a barreira para conversar com um senhor de 81 anos já muito desiludido com o cinema.

Vale muito a pena conferir o que ele diz, mesmo que seja para ficar com vontade de atirar-lhe pedras. Moniz Vianna acha o Cinema Novo uma “palhaçada”, que “'Os Incompreendidos' é um filme plano, sem nada”, que gosta de “muito pouca coisa” do cinema brasileiro, “nenhum filme mudou a história do cinema”, que “não existe cinema sem história”.

Claro, opiniões de um senhor afeiçoado pelo grande cinema americano e muito resistente ao que vem depois das transformações dos anos 60, assim como as opiniões de quem veio depois geralmente olham com mais carinho para o caminho que o cinema tomou depois do fim da Era dos Estúdios.

OK, chega de falar. O link para a gostosa conversa com Antonio Moniz Vianna está aqui!

Em tempo: Antonio Moniz Vianna morreu em 2009, aos 84 anos.

Em tempo 2: Neste link, há a íntegra da crítica que ele escreveu, em 1957, para “O Homem Errado”, de Hitchcock.

Em tempo 3: Uma coletânea de 91 críticas de Moniz Vianna foi lançada sob o título “Um Filme Por Dia”. Saiba mais aqui.