Barack Obama foi eleito ontem. O primeiro negro presidente na história dos Estados Unidos. Enquanto isso, com 95% da apuração completa, 52% da população da Califórnia votou contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Justo a Califórnia, considerado o símbolo do progressismo norte-americano.
Trocando em miúdos: a onda “change”, “the first black president”, “communist!” e definições do gênero são relativas. Dentro da extensa lista de besteiras ditas nos últimos dias por comentaristas políticos (e a Fox lidera de longe), a convicção de que a sociedade americana estaria menos à direita tem de ser relativizada.
Eleição de Obama é um avanço. Considerável. Mas, deixemos o oba-oba de lado para observar mais friamente.
Em tempo: “Desejo Proibido”, de 2000, mostra três gerações de casais de lésbicas. O primeiro, na década de 60, totalmente oprimido; o segundo, nos anos 70, em plena discussão do feminismo; o terceiro, nos anos 2000, na perspectiva da união estável entre homossexuais. O terceiro trecho, caso os números da Califórnia se confirmem, teria de ser repensado.
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2 comentários:
Olha, seja quem for o Obama, não será pior do que o Bush.
Certamente não, cineasta 81.
O meu ponto é que a eleição, de fato, tem de ir para além da forte carga simbólica (primeiro presidente negro da história dos EUA) e partir para ações que justifiquem essa faceta progressista.
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