sábado, 25 de agosto de 2012

Começa o Festival de Curtas da Kinoforum

23º Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo

Começou nesta sexta-feira a 23ª edição do Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, realizado pela Kinoforum. É a principal janela para o curta em festivais brasileiros, reunindo extensas mostras competitivas - nacional e internacional - além de programas paralelos.

Vou escrever sobre alguns filmes para a Revista Interlúdio [a página com as críticas pode ser acessada aqui]. A cobertura começa com O Duplo, de Juliana Rojas (Trabalhar Cansa), exibido na Semana da Crítica no Festival de Cannes em 2012.

Sabrina Greve, a protagonista de O Duplo, curta de Juliana Rojas

O Duplo (Brasil, 2012), de Juliana Rojas


Num momento de banalização da imagem é prazeroso observar uma obra com coerência, ainda mais quando caminha em evolução. Nos curtas de Juliana Rojas, seja nas incursões solo ou nas parcerias com Marco Dutra, há uma volta constante da cineasta a um universo cinematográfico que lhe é bastante familiar, o do Horror.

Olhando em retrospectiva desde 2003, quando fez O Lençol Branco com Dutra, não há um curta ruim na filmografia de Rojas. Há produções mais fracas (Vestida) ou menos interessantes (As Sombras). Não há enquadramentos equivocados ou um virtuosismo vazio da câmera que só chama atenção para si. Não há desperdícios ou fetiches.

O que se nota é uma precisão para lidar com a duração no formato curta-metragem, a sensibilidade de deixar que a essência da cena determine a feitura do plano e a inteligência em trabalhar com a sugestão, não a explicação – como na cena de Pra Eu Dormir Tranquilo em que a mãe pergunta para o filho “cadê os passarinhos?”, cuja resposta o espectador intui.

Continue lendo a crítica de O Duplo na Revista Interlúdio.

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