A dor, a surpresa e a música em O Que se Move |
Antes da crítica, faço uma viva recomendação de que os cinéfilos da Mostra Internacional de São Paulo incluam O Que se Move em suas respectivas programações. Este filme é parada obrigatória.
Domínio do tempo. Clareza sobre o que mostrar ou esconder, dizer ou omitir. Não temer o ridículo e confiança para sustentar em alto nível os voos atrevidos. Essas são características que fazem de O Que se Move uma promissora estreia de Caetano Gotardo (Areia, O Menino Japonês). Digo promissora mesmo, não dessas legitimações apressadas que nós da crítica por vezes nos sentimos tentados a executar.
Não fosse um adjetivo surrupiado muitas vezes para a defesa de um cinema picareta, “sensível” seria a primeira qualidade a se ressaltar no longa. Prefiro, então, concentrar-me na solidez do conjunto, o que falta a bons filmes de estreia vistos neste ano, tais como Boa Sorte, Meu Amor, Eles Voltam e As Horas Vulgares.
Essa solidez está fincada na dramaturgia – outro elemento tão maltratado pelo cinema brasileiro. Há também um trabalho casado de direção e fotografia, posteriormente reforçado na montagem, que evidencia e justifica as escolhas.
Continue lendo a crítica de O Que se Move na Revista Interlúdio.
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