domingo, 22 de janeiro de 2012

Billi Pig conversa com a chanchada e com caos brasileiro

Grazi Massafera interpreta Marivalda, que sonha em se tornar atriz.

“Esse filme surgiu de um desejo nosso de dar uma elevada no cinema comercial brasileiro”. As palavras da produtora Vânia Catani explicam as intenções de Billi Pig, o longa de abertura da Mostra de Tiradentes. É a tentativa de José Eduardo Belmonte, o diretor de Se Nada Mais Der Certo e A Concepção, ampliar o diálogo de seu cinema com o público e, indiretamente, criar uma outra via: filmes que não precisam descer ao nível de Cilada.com para ter público.

“É um filme absurdo”, declarou o diretor na abertura, ao lado dos atores Selton Mello, Grazi Massafera, Milton Gonçalves e Murilo Grossi. A exibição aqui em Tiradentes é um teste interessante para um filme que abertamente busca comunicação larga com o público e é dirigido por um cineasta marcado como autoral.

Há em Billi Pig um escracho, e também um certo cinismo, com coisas tipicamente brasileiras: a bandidagem aloprada, o sincretismo religioso, a diva de subúrbio, as instituições frouxas e o jogo de cintura para sobreviver. Mais do que cinema de massa, o filme trava um diálogo com um período em que o cinema brasileiro foi profundamente popular: no auge das chanchadas nas décadas de 40 e 50, quando Oscarito, nosso maior comediante, reinou ao lado de beldades que cantavam no cinema as músicas que viriam a fazer sucesso no carnaval, com enredos que comentavam situações tipicamente brasileiras e especialmente cariocas.

Continue lendo a crítica no Cineclick.

Um comentário:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.