Um desafio interessante ao caminhar pelas simpáticas ruas de Gramado: encontrar um negro. Por cerca de uma hora e meia, fiquei sentado nas mesas de um café próximo ao Palácio dos Festivais, local de exibição dos filmes do festival. Notei a presença de apenas dois negros, duas senhoras que entraram em uma loja.
Gramado é uma cidade turística da serra gaúcha. Quem formou o povoado, em meados da década de 1870 foi uma dupla de luso-açorianos. Quem construiu a cidade foram imigrantes italianos e alemães.
Pois bem, andar nas ruas da cidade assemelha-se a caminhar por ruas da Alemanha. O refresco do ar “deutche” (como definiu meu amigo Marcelo, gaúcho) está na entrada do Cine Vídeo (centro com estandes publicitários do festival). Há uma área onde rola black music (tipo Chris Brown), cheia de garotada, com roupas folgadas. Sem a presença de casacos longos.
Ali pertinho dessa área, durante a tarde desta segunda-feira (11/08), o cineasta Jeferson Dê, paulistano criador do Dogma Feijoada, dava entrevista para a imprensa. Também por lá estava o ator André Ramiro, o PM André Matias de “Tropa de Elite”. Recentemente, Ramiro, nascido na Vila Kenedy (Rio), atacou de cantor de rap. Ambos estão ministrando oficinas como atividades paralelas do festival. Um dos debates: o papel do negro na cultura brasileira.
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